Já pensou em quanta tecnologia há por trás da elaboração de um carro novo? Pois é, nesse post vamos tratar da tecnologia que envolve o projeto de itens da estrutura e itens do revestimento automotivo (também chamado simplesmente de pele na área automotiva).
Se você trabalha na área metalúrgica, provavelmente já sabe que muitos componentes metálicos da área automotiva são estampados em prensas. Cada novo componente projetado pela montadora e que deverá ser estampado, precisa de três a seis operações em média para chegar em sua fase final, ou seja, três a seis ferramentas (que são como moldes) serão construídas para que entrem na prensa e produzam determinado componente. E é aí que entra o trabalho dos projetistas de ferramentas, que serão os profissionais responsáveis por definir como será estampado cada item e como será cada ferramenta.
Nos últimos anos, a área automotiva passou a contar com novas tecnologias para desenvolvimento de projetos e usinagem das ferramentas: o CAD e o CAM. Vários profissionais que vieram da prancheta precisaram se adequar a tecnologia 3D, além de muitos outros profissionais que surgiram com a demanda. O CAD diz respeito ao desenho (ou projeto) auxiliado por computador, enquanto o CAM diz respeito à manufatura (ou usinagem) auxiliada por computador.
Todavia, a evolução não parou por aí. Uma nova tecnologia surgiu e vem ganhando espaço no ramo, a saber, o CAE: Computer Aided Engineering, ou engenharia auxiliada por computador. Trata-se de uma nova tecnologia que se utiliza de elementos finitos, na qual é possível realizar simulações estruturais, como por exemplo para saber se um item da suspensão do carro será resistente o suficiente ou não. Tudo isso enquanto ainda se está no projeto, ou seja, antes da fabricação! O que antes eram resultados um tanto impossíveis antes da construção e testes físicos com protótipos, agora são simulações virtuais muito mais práticas e precisas.
A simulação de estampagem é a área do CAE em que simulamos se determinado componente que será estampado vai se comportar da forma que esperamos na prensa e se obterá a qualidade esperada para ser montado no carro. Características como estiramento ou afinamento da chapa são controlados de forma precisa. As trincas e rugas, inimigos da estampagem de metais, são controlados e eliminados antes mesmo de se construir as ferramentas que irão fazer o trabalho fisicamente em prensa.
Por se tratar de uma tecnologia relativamente nova, há uma demanda de trabalho muito grande e poucos profissionais no mercado. Soma-se a isso a dificuldade de formar esses profissionais, pois eles não vem prontos das universidades, tampouco há cursos especializados no ramo. Como coordenador de simulação e processos em uma multinacional de autopeças no sul do país, tenho sentido essa dificuldade de perto. Quando surgem vagas, não encontramos as pessoas para preenchê-las! Precisamos formar esses profissionais, pois são requeridos conhecimentos muito específicos.
Quem pode se tornar um profissional de Simulação de Estampagem?
Qualquer profissional que tenha um pouco de vivência com ferramentas de corte, dobra e repuxo pode se tornar um profissional de simulação de estampagem. Ferramenteiros e programadores CAD – CAM com certeza tem muita bagagem para migrar para esta profissão, e estagiários de engenharia também são bem cotados quando pensamos na formação do profissional. Outros requisitos que colaboram muito são habilidades em modelamento de sólidos e superfícies. Quem as tem, já sai na frente.
Segredos da Simulação
Dada a dificuldade em encontrar cursos específicos, decidi por aproveitar meus 25 anos de vivência em ferramentarias e mais precisamente os últimos 8 anos de experiência com CAE, para a realização de um trabalho que com certeza vai auxiliar muito aqueles que aspiram esta profissão, o qual denominei Segredos da Simulação. Clique no botão abaixo para ver este trabalho e mais detalhes sobre como se tornar um profissional da simulação de estampagem.