A tecnologia digital atingiu todos os níveis das atividades humanas. Desde a medicina até a mecânica, encontramos progresso e precisão nos resultados. Há cerca de 40 ou 50 anos atrás, um projetista jamais imaginaria, por exemplo, algo como uma impressora 3D, muito comum nos dias de hoje. Estamos vivendo na era da informática. No futuro, se ensinará em aulas de história sobre o período em que estamos vivendo como o grande advento das descobertas digitais.
Assim como outros projetistas de minha geração, tenho visto também as transformações pelas quais passou a nossa profissão. Os projetos automotivos não são mais os mesmos – e nem os projetistas. De uma forma bem simplificada, esta foi a evolução no Brasil pela qual passamos e que tenho visto desde que fiz o Senai, em 1991:
Até os anos 80: os desenhos e projetos eram feitos a mão, utilizando ferramentas como prancheta, papel vegetal, régua, régua “T”, esquadro, lapiseira, borracha, nanquim, etc. O trabalho levava mais tempo, e as modificações nos desenhos então nem se fala.
Anos 90 a 2000: foi a época da revolução que o Autocad trouxe. Os projetistas tiveram que aprender a mexer no computador primeiramente e, posteriormente, a utilizá-lo como ferramenta de trabalho. O trabalho passou a ser virtual, mas ainda em 2D. Houve ganhos representativos em velocidade. Também nessa época, houve o avanço da maquinaria CNC, permitindo uma evolução simultânea em todo o processo.
Anos 2000 em diante: aconteceu o “boom” da tecnologia 3D. os projetos deixaram de ser desenhados para serem modelados em sólido e superfície. Softwares como Catia e Unigraphics revolucionaram o mercado. Diminuiu-se também a interpretação de desenhos, pois o objeto projetado passou a estar na tela de modo muito mais real. A detecção de erros passou a ser muito mais fácil, pois ficaram mais evidentes na montagem virtual.
Hoje, a tecnologia do momento é o CAE (Computer-Aided Engineering). Os projetos já podem ser testados antes mesmo de serem concluídos, através de simulações realizadas com base em elementos finitos! Na área da ferramentaria de estampagem automotiva, na qual tenho trabalhado desde 1991, esta tecnologia revolucionou a forma como as ferramentas são produzidas.
O grande desafio dessa transição toda, sempre foi preparar-se para as novas tecnologias que a profissão impôs. Quem não o quis fazer, ficou para trás. Hoje não há mais espaço no mercado de trabalho para um projetista de prancheta, por exemplo. É necessário preparar-se para acompanhar o mercado e as novas tecnologias, e assim aproveitar oportunidades que surgem.
Para piorar a situação, há dificuldades em se encontrar cursos específicos para o ramo. Os profissionais da área de simulação de estampagem automotiva geralmente são formados na própria empresa em que trabalham, muitas vezes com treinamentos dos fabricantes dos softwares de simulação.
Cursos Repuxando
Dada a dificuldade em encontrar cursos específicos, decidi por aproveitar meus 25 anos de vivência em ferramentarias e mais precisamente os últimos 8 anos de experiência com CAE, para a realização de um trabalho que com certeza vai auxiliar muito aqueles que aspiram esta profissão: os Cursos Repuxando. Clique no botão abaixo para conhecer mais sobre este trabalho e sobre a formação de um profissional projetista de corte, dobra e repuxo e simulação de estampagem.